CRÍTICA | X-MEN: FÊNIX NEGRA
- Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
- 7 de jun. de 2019
- 3 min de leitura

A saga dos X-Men na FOX é inconstante, e não é à toa que os fãs querem muito que eles retornem para a Disney/Marvel, ainda mais depois que o estúdio criou seu universo cinematográfico. A primeira trilogia começou muito bem, e o hype aumentou quando mostraram os mutantes mais novos, em “X-Men: Primeira Classe”. Com Dias de Um Futuro Desconhecido, lançado em 2014, a saga começou a declinar, com o auge sendo Apocalipse, de 2016. Entre esses, tiveram ainda os filmes solo do Wolverine, ótimos, mas que apenas distraiam os olhares para a fase ruim que os X-Men estavam tendo. Agora, temos o último capítulo da saga dos mutantes na FOX, finalmente, com o lançamento de X-MEN: Fênix Negra, considerada a mais importante história dos quadrinhos dos mutantes. E o que era para ser um desfecho digno de uma era de duas décadas, acabou se tornando um filme mediano que não agradou a crítica, e dividiu os fãs.
Na história, os X-Men estão em uma missão no espaço para salvar uma equipe de astronautas, com intenção de manter uma boa relação com os humanos. Jean Grey (Sophie Turner) acaba absorvendo uma forte energia desconhecida vindo do espaço, tornando-a forte e incontrolável, ao mesmo tempo que uma raça de seres alienígenas chega na Terra para recuperar essa energia.
Fênix Negra, filme dirigido por Simon Kinberg, falha naquilo que havia prometido ser: um grandioso capítulo para fechar o ciclo dos X-Men na FOX. O maior problema está no roteiro, não que seja ruim ou chato, mas tem um desenvolvimento simples e fraco, se comparar com os quadrinhos. Há momentos bons e ruins, tem acontecimentos chocantes, mas situações desnecessárias, com diálogos sem nexo e sem inspiração. Já a parte técnica é ótima, com bons efeitos especiais e cenas de ação bem produzidas, mas nada de tão relevante para a franquia. E em algumas cenas de ação, quando pensamos que algo grandioso vai acontecer, vem aquele banho e água gelada no espectador, e ainda tem algumas situações que não se encaixam.

Sophie Turner está bem em sua Jean Grey, que é a única que tem seu passado mais explorado e desenvolvido, e os fãs dela irão gostar da sua dualidade, já que ela causa um conflito interno entre os X-Men, enfrentando-os em alguns momentos. Jéssica Chanstain “empresta”, literalmente, seu corpo para o líder de uma raça alienígena que vem em busca dessa energia que está em Jean. Chainstain faz uma vilã fraca, não é culpa dela, mas das limitações no roteiro.
Alguns mutantes, como Hank (Nicholas Hoult) e Magneto (Michael Fasbender) tem suas motivações ligadas a vingança, bem clichê, e James McAvoy, e seu dr. Xavier, não tem muita relevância, só em alguns momentos que atua junto com Jean Grey. Essa falta de desenvolvimento atrapalha quando algo acontece com alguns mutantes, e o máximo de sensibilidade que poderíamos ter, é pelo fato de serem personagens queridos, nada mais.
A era dos X-Men na FOX termina de uma forma muito simples, como se tivesse no piloto automático. Não se desenvolve direito, tanto no roteiro quanto nos personagens, mas também não enrola muito, e as quase duas horas passarão rapidinho. Falta brilho, falta algum acontecimento grandioso, há somente um, e o ato final só impressiona pelos acontecimentos e os ótimos efeitos especiais, porque a ação é bastante limitada. Não é um filme ruim, e fecha a franquia de uma forma mediana, mas falta algo mais. Esperamos que a Marvel possa dar uma era digna para os X-Men, o que não será difícil.

X-MEN: FÊNIX NEGRA (X-MEN: DARK PHOENIX)
Ano: 2019
Direção: Simon Kinberg
Elenco: Sophie Turner, Nicholas Hoult, Michael Fasbender, Jessica Chanstain, Jennifer Lawrence
NOTA: 7,0



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