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CRÍTICA | THUNDERBOLTS*

  • Foto do escritor: Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
    Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
  • 2 de mai.
  • 4 min de leitura


A Marvel já teve sua “era de ouro” com produções incríveis, principalmente entre as Fases 1 e 3, mas a “fórmula Marvel” e as suas últimas produções não conseguiram agradar os fãs e nem o público em geral, mostrando visíveis sinais de cansaço. Culpa – em partes – da Fase 4, e principalmente da Fase 5 do estúdio, mais especificamente “Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania” e “As Marvels”, em 2023, e o mais recente “Capitão América: Admirável Mundo Novo” (não é completamente ruim, mas deixou muito a desejar), e provavelmente é a produção mais importante da Fase 5. Roteiros fracos, personagens pouco explorados, excesso de produções – filmes e séries – lançadas em um curto período de tempo, problemas na pós-produção, e até as grandes expectativas que a Marvel colocava nos trailers, e quando chegava a estreia, frustrava todo mundo.


Chegamos então ao último filme da Fase 5 da Marvel com Thunderbolts*, que tem sido aguardado com grandes expectativas – de novo as expectativas -, para tentar finalizar de forma positiva essa era e animar os fãs de que nada está perdido. E felizmente o estúdio acertou em cheio: Thunderbolts* é original, divertido, emocionante, e da um novo frescor ao MCU. Com um elenco de peso, que incluem Florence Pugh (Yelena Belova), Lewis Pullman (Bob), David Harbour (Alexei), Sebastian Stan (Soldado Invernal), e Julia Louis-Dreyfus (Valentina), a trama começa com Yelena, a irmã adotiva da Viúva-Negra (Scarlett Johanson) sendo enviada para um lugar secreto com a missão de exterminar um alvo. Mas ao chegar lá, ela descobre que outros anti-heróis também estão lá para exterminar uns aos outros, todos a mando de Valentina – O Agente Americano (Wyatt Russell), a Treinadora (Olga Kurylenko), e a Fantasma (Hannah John-Kamen). Ao perceberem que todos são alvos da mesma pessoa, os anti-heróis decidem se juntar para se vingar de Valentina.



Thunderbolts* é um dos filmes mais diferentes do MCU, mais intimista, humano, e um dos melhores dessa nova fase do estúdio. Diferente das últimas produções que priorizavam as intensas sequências de ação, a trama foca bastante no roteiro, todo estruturado e redondinho, com o drama dos personagens bem explorados, conflitos que fazem o público se identificar, nada é deixado de lado. Anti-Heróis que se unem para derrotar um inimigo em comum não é novidade no universo dos super-heróis, mas a forma como o diretor Jacob Schreier aborda essa temática é diferenciada, principalmente por deixá-los mais “humanos”, com problemas reais – Yelena se sente sozinha e desamparada após a morte de sua irmã (a Viúva-Negra) em Ultimato, e Bob tem transtornos depressivos -, tudo mostrado de forma leve e com uma sensibilidade que toca o público. Mas claro que Thunderbolts* tem ótimas sequências de ação, nada de tão grandioso ou com cenas mirabolantes como os outros filmes da Marvel. Inclusive, a batalha final é bem diferente do que já vimos, sem grandes destruições, fugindo dos “padrões da Marvel”, fato que dá um novo frescor para o MCU: digamos que os maiores poderes para derrotar o vilão são a amizade e a união.


Como mencionei antes, Thunderbolts* é a união de anti-heróis desajustados que tem um mesmo propósito, nenhuma novidade no mundo das HQ’s, mas essa dinâmica funciona também por causa dos personagens, graças ao carisma e ao desenvolvimento adequado que eles receberam no roteiro de Eric Pearson e Joanna Calo. Todos os anti-heróis têm seus traumas do passado, dramas pessoais, nem todos são totalmente bons ou ruins, e ao abordar temas como depressão, solidão, união, empatia, e amizade como motivos para essa inusitada união, os tornam mais humanos, vulneráveis, e essa união surge de forma natural, sem parecer forçado pelo roteiro. Destaque para Florence Pugh, que interpreta Yelena, que tem um carisma enorme em tela e muita sensibilidade, Lewis Pullman com a dupla personalidade de seu personagem, Bob, e David Harbour, que interpreta o Guardião Vermelho, o alívio cômico do filme, nos fazendo dar risadas com as suas atrapalhadas durante as sequências de luta.  


Thunderbolts* é muito mais do que um filme da Marvel com explosões, sequências de ação absurdas, e efeitos em CGI, é um filme mais intimista, com personagens humanos e com seus defeitos que são totalmente explorados pelo roteiro, um filme diferente como a tempos não víamos. A sequência final foge da típica “Fórmula da Marvel”, sem explosões e destruição total, e nem grandes surpresas ou as famosas participações especiais durante o filme tem, um dos grandes diferenciais dos outros filmes da Marvel. Thunderbolts* é um filme cheio de humanidade, sensível, emocionante, envolvente, com ação, aventura e humor na medida certa, sem exageros; um grande acerto do estúdio. E porque o * no final do título do filme? Veja o filme e você vai entender. Além disso, fique atento para duas cenas pós-créditos, onde a mais importante é a do finalzinho, indicando um novo rumo para o MCU.



THUNDERBOLTS*


Ano: 2025

Direção: Jacob Schreier

Distribuidora: Marvel Studios

Duração: 129 min

Elenco: Florence Pugh, Lewis Pullman, David Harbour, Sebastian Stan, Julia Louis-Dreyfus, Wyatt Russell, Olga Kurylenko), e Hannah John-Kamen



NOTA: 9,0






















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