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CRÍTICA | TERREMOTO: A FALHA DE SAN ANDREAS

  • Foto do escritor: Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
    Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
  • 29 de mai. de 2015
  • 3 min de leitura

Atualizado: 23 de mai.


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O cinema catástrofe é um dos gêneros de maior entretenimento, com destruições globais, incríveis efeitos especiais e muita emoção. Esse subgênero surgiu nos anos 70 com filmes como Aeroporto, O Destino de Poseidon e Terremoto, e hoje abrange outros tipos de catástrofes que incluem vulcão (Volcano - A Fúria e O Inferno de Dante), tornados (Twister e No Olho do Tornado), asteroides ou cometas (Armaggedon e Impacto Profundo), aquecimento global (O Dia Depois de Amanhã), profecias (2012 e Presságio), e até o núcleo da Terra alterado (O Núcleo - Missão ao Centro da Terra). Apesar de abordarem temas diferentes, as situações são basicamente as mesmas, e todos apresentam mirabolantes, além de terem um roteiro ruim - na maioria das vezes -, já que o foco principal é a destruição. O mais recente dessa lista é Terremoto - A Falha de San Andreas, dirigido por Brad Peyton e estrelado por Dwayne Johnson, que mostra a famosa falha de San Andreas, situada entre Los Angeles e São Francisco, se partindo ao meio e destruindo toda a costa leste dos EUA.


Divertido e empolgante, o que parecia ser mais uma bomba, acabou se tornando um surpreendente exemplar do gênero, cumprindo tudo o que o trailer promete. Na trama, um forte terremoto acontece na falha de San Andreas, e toda a costa leste dos EUA sofrerá com grandes desastres. Enquanto um especialista em terremotos tenta avisar a população sobre o que está acontecendo, Ray ("Dwayne The Rock" Johnson), que é piloto de uma equipe de resgate aéreo em Los Angeles, tem que ir até São Francisco para resgatar sua filha, cidade onde mais sentirá os efeitos do terremoto. Carla Gugino, Paul Giamatti, Hugo Johnstone-Burt e Alexandra Daddario completam o elenco.


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San Andreas é repleto de clichês que precisam estar presentes para ser um filme catástrofe, e não preciso nem os citar aqui. Aliado a isso, está um roteiro bem superior aos outros filmes do gênero, mostrando um drama familiar muito bem desenvolvido: o casal se divorciando, onde ambos estão arrependidos por algo que aconteceu no passado e se unem para salvar sua filha. Nada disso é inovador, mas funciona no que o filme propõe. Uma das grandes surpresas é o astro dos filmes de ação Dwayne "The Rock" Johnson: mostrar o ator salvando a costa leste dos EUA foi um pouco forçado, algo como Bruce Willis salvando o mundo em Armageddon, mas o ator se saiu muito bem, principalmente nas cenas emotivas, e todo o seu drama de pai divorciado convence. O filme é dividido em três núcleos de personagens: um deles está The Rock salvando as pessoas para depois, salvar sua filha, junto com a ex-esposa, Emma (Carla Gugino). O segundo, é o de sua filha Blake (Alexandra Daddario), que está em São Francisco, cidade que mais será afetada. Ela está com o seu padrasto, rico e covarde, e acaba conhecendo dois irmãos britânicos Ben (Hugo Johnstone-Burt) e Ollie (Art Parkinson), que juntos se unem para se salvarem dos desastres. E o terceiro, é o de Lawrence (Paul Giammati), um incompreendido especialista em terremotos que, junto com seus colegas e uma repórter, está ali só para informar o público sobre o que está acontecendo, além de participar de uma cena de destruição (uma das melhores) e nunca se cruzar com o personagem de The Rock.


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O maior chamativo de um filme catástrofe são os efeitos especiais, que sempre prometem muita destruição e cenas impressionantes. Terremoto - A Falha de San Andreas cumpre o que promete e nos mostra cenas épicas, e algumas bem feitas; "algumas", porque tem cenas que se percebe os efeitos artificiais, mas nada que estrague o resultado final. As cenas de destruição são ótimas e impressionam, mas as cenas de ação são forçadas demais, e o visual do filme é sensacional, principalmente o das cidades destruídas. O que mais deixa a desejar é o seu terceiro ato, que acompanha o resultado de todas as catástrofes que aconteceram durante o filme, em uma longa cena para salvar os três jovens perdidos em São Francisco.


Terremoto - A Falha de San Andreas, funciona? Sim, funciona. Não é um filme épico que causa um grande impacto, como Armageddon, ou 2012, e parece ser mais um filme "trash" do gênero catástrofe, mas tem personagens carismáticos que funcionam, aliados a ótimos efeitos especiais, e impressionantes cenas de destruição, e só por isso já vale o ingresso. Tem alguns erros, como o total esquecimento da equipe de resgate do The Rock, e o excesso de dramalhão para encher a cota dramática do filme, além das cenas forçadas e alguns efeitos que parecem falsos demais, mas nada disso vai estragar o que o filme promete: diversão, entretenimento e cenas de destruição.



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TERREMOTO: A FALHA DE SAN ANDREAS


Ano: 2015

Direção: Brad Peyton

Distribuidora: Warner Bros. Pictures

Duração: 114 min

Elenco: Dwayne Johnson, Carla Gugino, Paul Giamatti, Hugo Johnstone-Burt e Alexandra Daddario



NOTA: 8,0


Disponível no

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