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CRÍTICA | SUPERMAN (2025)

  • Foto do escritor: Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
    Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
  • 11 de jul.
  • 5 min de leitura

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O Universo Estendido da DC sempre foi bastante criticado desde o início, não somente pelo seu tom mais sombrio (característica comum do estúdio) e que ia na contramão do Universo da Marvel, mas também pela sua trama inconstante e os efeitos especiais que pareciam ser artificiais demais. A crítica especializada nunca gostou, a maioria dos filmes fracassavam nas bilheterias, mas tinha uma legião de fãs que defendiam o universo criado por Zack Snyder com unhas e dentes. Acho que Mulher-Maravilha, o primeiro Aquaman, e O Esquadrão Suicida de 2021, foram os que mais deram certo dentro do DCEU. A situação no universo vizinho também não era das melhores (e ainda não é), e cada vez mais os filmes careciam de criatividade, e foi um choque quando James Gunn – diretor e criador da trilogia Guardiões da Galáxias – deixou a Marvel, e principalmente depois quando ele se tornou o “chefão” da DC Studios.


Foi anunciado, então, um reboot do DCEU sob o comando de James Gunn, que serviu como um alívio para os fãs do, levando em conta que Gunn dirigiu a elogiada trilogia de Guardiões da Galáxia na Marvel, e o novo universo estaria em boas mãos. E o primeiro filme desse novo universo não poderia ser outro além maior super-herói do estúdio, o Superman, que agora fica a cargo de David Corenswet interpretar o homem de aço. Com James Gunn na direção, o resultado não poderia ser outro: o novo Superman é o melhor desde os dois primeiros filmes com Christopher Reeve – inclusive é terceira melhor nota no Rotten Tomatoes, tanto de público quanto de crítica – trazendo de volta aquele clima de aventura de super-herói clássico dos quadrinhos. Na trama, Superman já está consolidado como o herói da população, e tudo está nos conformes, até que Lex Luthor (Nicolas Hoult) revela um segredo para todos, colocando em xeque sua verdadeira intenção na Terra. Com a ajuda de Lois Lane (Rachel Brosnahan), e Lanterna Verde (Nathan Fillion), Mulher-Gavião (Isabela Merced), e o Senhor Incrível (Edi Ghategi), Superman precisa encontrar uma forma de derrotar Luthor e provar a sua verdadeira intenção para toda a população de Metrópolis.


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Superman começa como se nós abríssemos a “edição #15” de alguma HQ, sem explicação sobre como o herói chegou na terra, o seu crescimento, e toda a sua origem, simplesmente ele já está em uma batalha com um dos vilões comandado por Lex Luthor. Além disso, a humanidade também já sabe da existência de outros meta-humanos – Lanterna Verde, Mulher-Gavião, Senhor Incrível, entre outros vilões e monstros alienígenas -. Com o novo Superman, James Gunn dá um início bastante promissor para o novo DCEU, com um filme que se aproxima muito mais dos primeiros filmes do herói, principalmente os clássicos com Cristophe Reeve -, além de seguir fielmente o universo das HQ’s nos mínimos detalhes; até o tema clássico do herói toca. Uma diferença em relação aos outros filmes do estúdio é o humor: Superman tem um tom mais leve, mais piadas, os personagens são mais engraçados, é mais divertido de assistir, mas muitas dessas piadas acabam sendo excessivas demais, e outras parecem não se encaixar em determinadas cenas. O cachorrinho Krypto funciona como um alívio cômico, todas as cenas em que ele aparece esbanja fofura, inclusive ficamos apreensivos quando algo acontece com ele durante as batalhas.


Um dos maiores problemas dos filmes do DCEU de Zack Snyder era o roteiro confuso e apressado demais. No novo Superman, James Gunn – que também escreveu o roteiro – deixa tudo certinho e redondinho, temos um começo, meio, e fim, os personagens são muito bem construídos, e tudo acontece dentro do seu tempo. Ainda, o roteiro tem algumas reviravoltas que mudam o rumo da história, e ditam os acontecimentos na segunda metade do filme. O novo filme também tem críticas sociais e políticas sobre os imigrantes: Superman/Clark Kent é um imigrante na Terra, e isso é melhor desenvolvido em uma das reviravoltas da trama. Aliás, lembra bastante a situação que os EUA estão passando em relação aos imigrantes no governo de Donald Trump. Mas nem tudo é 100% perfeito, e o roteiro ainda tem alguns pequenos problemas que acabam nem influenciando muito. Algumas situações se resolvem fáceis demais, e algumas são incoerentes com os acontecimentos, além do excesso de personagens – principalmente os vilões -. Pelo menos, o novo CEO da DC consegue desenvolvê-los bem na trama, todos com seus momentos certos de aparecer, criando até possiblidades para os futuros filmes desse novo universo, principalmente a “Gangue da Justiça”. Outros pontos positivos são os efeitos especiais, mais realistas do que os outros filmes, e as empolgantes sequências de ação. Logo no início já temos uma em andamento, e o roteiro engata praticamente uma atrás da outra, com acontecimentos e situações que nos deixam curiosos e empolgados com o que poderá acontecer.


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Antes de tudo, mesmo com seus superpoderes, o Superman se considera humano, ele trabalha e convive em sociedade sendo o Clark Kent. Ele erra, tem dúvidas, é apaixonado por Lois Lane, jamais se sente superior aos outros, é mais vulnerável, e o roteiro de James Gunn ajuda a tornar o Superman com esses sentimentos humanos. E a escolha de David Corenswet para interpretar o herói foi certeira, apoiado pelo carisma do ator, eficiente em dar um tom mais bondoso ao personagem. Sua química com a atriz Rachel Brosnahan é incrível e funciona em tela, mesmo que sua personagem, Lois, pensa diferente de Clark. E ela não se limita a ser apenas uma jornalista do Planeta Diário, ou a namoradinha do Superman/Clark Kent, mas também o ajuda em diversos momentos com bastante determinação. Nicholas Hoult está ótimo no papel de Lex Luthor – arrisco dizer que é a melhor interpretação do vilão -, vingativo, invejoso, cruel e sádico, Hoult entrega diálogos intensos e uma interpretação poderosa que convence como um vilão ameaçador. Há também a introdução da Gangue da Justiça, - Lanterna Verde (Nathan Fillion), Mulher-Gavião (Isabela Merced), e o Senhor Incrível (Edi Ghategi) -, que tem ótima química em tela, uma interação divertida e que funciona ao lado do Superman, mas faltou uma introdução sobre eles: quem são? Como surgiram? Talvez expliquem melhor nos seus – possíveis – filmes solos. E por fim, temos os pais de Clark, Martha e Jonathan Kent, que aparecem poucas vezes, mas são em momentos bastante emotivos. Ah, claro! Não poderia de deixar de comentar sobre o cãozinho mais fofinho e caótico das HQ’s, o Krypto, que rouba todas cenas em que aparece. Realmente ficamos preocupado com os perigos que o animalzinho enfrenta, e sua interação com Superman é muito divertida.

 

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Mesmo com alguns problemas básicos, mas nada que estrague o filme, o saldo final de Superman é extremamente positivo, onde James Gunn consegue fazer o impossível no DCEU: um começo promissor para o estúdio, e um respiro para os fãs da DC. Com o seu tom de aventura clássico, a semelhança com os primeiros filmes do herói, e também com as HQ’s, o bom humor, aquele clima agradável e ótimas atuações – principalmente de Nicholas Hoult como Lex Luthor -, Superman é revigorante, tem um coração bem quentinho, e é cheio de boas intenções, sem inventar muita coisa ou tentar ser diferente, simplesmente pega tudo o que a gente já conhece e desenvolve muito bem no seu roteiro. James Gunn respeita o passado, o legado, e resgata toda a essência do personagem, nos apresentando um super-herói mais humano, dividido entre os dois mundos de sua vida e sempre tentando fazer o correto, mesmo cometendo erros como qualquer um de nós. O maior herói da DC, e um dos maiores heróis das HQ’s, o símbolo de esperança, está de volta, e do melhor jeito. Há duas cenas pós-créditos, nada de tão importante para o novo DCEU, mas vale a pena ficar até o final. James Gunn, você é um PAI para todos nós.



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 SUPERMAN


Ano: 2025

Distribuidora: Warner Bros. Pictures

Diretor: James Gunn

Duração: 129 min

Elenco: David Corenswet, Nicolas Hoult, Rachel Brosnahan, Nathan Fillion, Isabela Merced. e Edi Ghategi



NOTA: 9,5















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