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CRÍTICA | POLTERGEIST: O FENÔMENO (2015)

  • Foto do escritor: Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
    Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
  • 22 de mai. de 2015
  • 3 min de leitura

Atualizado: 26 de mai.


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Não é de hoje que Hollywood insiste em fazer refilmagens, seja de produções de outros países, ou de seus próprios filmes antigos, e o mais recente é Poltergeist - O Fenômeno, refilmagem do clássico homônimo de 1982, dirigido por Tobe Hope, produzido por Steven Spielberg, e que resultou em uma trilogia. O original foi um ícone dos filmes de horror para a época, inovou o subgênero de terror sobrenatural e se tornou "aquele filme que deve ser visto", além de ter se tornando o filme com a "cara dos anos 80'. Como era de se esperar, a refilmagem é bem inferior ao original, porque faltaram dois pontos que a versão de 1982 tinha: o horror e a tensão. Na trama, Eric Bowen (Sam Rockwell) se muda com sua família, Amy (Rosemari DeWitt) e seus três filhos, Maddison, Griffin e Kendra, para uma casa em um novo bairro recém construído. Aos poucos, os dois filhos mais novos começam a perceber assombrações em casa, e não demora para a caçula, Maddison, ser sequestrada pelos espíritos que os atormentavam. Para ajudar a salvar sua filha, a família Bowen contrata um especialista em paranormalidade, Carrigan Burtke (Jared Harris) para trazer sua filha de volta ao mundo dos vivos.


O enredo desse novo Poltergeist é bem fiel aos acontecimentos do original, assim como a composição dos personagens, mas claro que teve algumas mudanças, bem ruins por sinal. Se comparar as cenas em que as crianças são atacadas dessa nova versão com a antiga, percebe-se que faltou elementos indispensáveis que o original tinha. O problema é que a versão de 2015 foca mais no suspense, esquecendo do horror e do desespero dos personagens nessas cenas. Outra diferença é o uso da tecnologia: se na versão antiga se limitavam a uma televisão de tubo e uma filmadora, essa nova versão usa iPads, celulares, um drone voador e uma TV de plasma, mostrando as mudanças tecnológicas na sociedade atual. Essa atualização pode parecer estranha para quem assistiu a versão original na época do lançamento, mas foi bem utilizado e é um dos poucos pontos positivos.


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Se comparar as cenas que são iguais dos dois filmes, percebe-se que o original é bem mais superior do que a refilmagem. Quando a garotinha é sequestrada pelos espíritos, a famosa cena da árvore, e a cena final da casa, por exemplo, são bem mais assustadoras e tensas do que a nova versão. Além disso, a refilmagem mostrou como é o plano espiritual, uma realidade alternativa da casa da família Bowen, usando o CGI para mostrar os espiritual - outro ponto interessante -, mas se a intenção era ficar assustador, não deu muito certo.


A família do Poltergeist original tinha um carisma enorme, e muitos se identificavam com eles, e o desespero e a tensão que passavam eram bem reais e assustadores, criando um vínculo com o espectador. Isso não acontece nessa nova versão. Craigh T. Nelson e JoBeth Williams eram pais "descolados" que fumavam maconha no original. Na refilmagem, os pais não tem carisma nenhum e seguem a fórmula atual de pais chatos, e Sam Rockwell e Rosemarie DeWitt não demonstram muito desespero e emoção quando a sua filha caçula desaparece. Carol Anne, interpretada pela falecida atriz mirim Heather O'Ruke, era muito mais simpática do que essa Madisson. E por fim, um personagem ícone da franquia original, a inesquecível Tangina, interpretada pela também falecida Zelda Rubeinstein, que tinha apenas 1m30 de altura e uma voz inconfundível, era mais simpática e marcante do que o novo médium, interpretado pelo ator britânico Jared Harris, que tem um tom cômico desnecessário.


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A nova versão de Poltergeist - O Fenômeno tinha tudo para ser ótimo e marcante, mas não conseguiu ser nada disso, pois utiliza os elementos de filmes de terror da atualidade, cada vez mais batidos e tediosos. Faltou emoção, desespero, tensão, tanto nas cenas quanto na reação dos personagens, apesar do roteiro seguir a ordem dos acontecimentos do original, e mantendo a clássica cena em que a garotinha conversa com "as pessoas da TV". Detalhe que o filme fez uma enorme propaganda focando no boneco palhaço, mostrando até as melhores cenas que acabou estragando a surpresa, e tudo isso seguindo a onda do filme da Boneca Annabelle para chamar a atenção do público. O novo Poltergeist está muito longe de ser uma refilmagem digna, mas ainda assim é um ótimo entretenimento para a nova geração, mas que deixará a geração do original decepcionada. Hollywood nunca vai aprender mesmo!



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POLTERGEIST: O FENÔMENO


Ano: 2015

Direção: Gil Kenan

Distribuidora: 20th Century Studios

Duração: 93 min

Elenco: Sam Rockwell, Jared Harris e Rosemari DeWitt.



NOTA: 4,0


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