CRÍTICA | PIXELS
- Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
- 24 de jul. de 2015
- 3 min de leitura
Atualizado: 22 de mai.

Em uma época onde existem super modernos jogos de videogames, e suas adaptações cinematográficas, o diretor de Esqueceram de Mim - Chris Columbus - nos traz um filme sobre os mais famosos jogos de fliperamas que surgiram, Pixels. A ideia surgiu a partir de um curta metragem francês de mesmo nome, onde os personagens desses jogos “oitentistas” saem da TV e invadem o mundo. Mas como fazer uma adaptação desses jogos? Será que ficou bom? Pixels foi massacrado pela crítica, mas não é um filme ruim se você assistir sem nenhum compromisso, apenas se divertir. E com certeza você vai se divertir. Na trama, a Terra é invadida por seres alienígenas em formato de pixels dos jogos de fliperama. Com essa ameaça, o presidente dos EUA, William (Kevin James), chama os seus dois amigos de infância, Sam (Adam Sandler) e Ludlow (Josh Gad), junto com o seu antigo rival de fliperama, Eddie (Peter Dinklaid), para salvar o planeta da destruição, já que eles são os únicos que sabem todos os truques desses jogos. Michelle Monaghan, Brian Cox e Sean Bean completam o elenco.
Ao contrário do que a crítica diz, Pixels não é um filme ruim, é um dos mais legais que você vai assistir esse ano, tendo apenas alguns exageros. Mesmo sendo baseado em um curta, a ideia é muito boa, e a forma como foi produzida é sensacional; os fãs dos jogos de fliperamas com certeza vão adorar. Todos os jogos foram muito bem representados, Pac-Man, Donkey Kong, Tetris, Galaga, Centipede, Sapce Invaders, entre outros, e vários detalhes sobre "manhas" de como vencer aparecem. Os efeitos especiais ajudam muito na concepção desses jogos que foram fielmente mostrados: os personagens em formato de pixels, os sons e as músicas dos jogos, as pontuações, é como se você e os personagens estivessem realmente dentro dos jogos. A cena do Pac-Man nas ruas de Nova York é simplesmente demais, resultado de um bom efeito da parte técnica.

O que pode deixar os cinéfilos mais exigentes decepcionados, assim como aconteceu com os críticos, são os exageros das piadas e algumas situações desnecessárias que servem só para tornar o filme mais engraçado. Realmente, tem vários exageros, mas era de se esperar de um filme com Adam Sandler, que só faz filmes pastelões. E sim, o filme é bem nesse estilo, por isso que você tem que assistir sem nenhum compromisso. Mas o carisma dos personagens, principalmente os de Adam e Kevin, ajudam bastante a conquistar o público, o suficiente para a gente deixar passar alguns exageros. Há desperdícios de atores, como Brian Cox e Sean Bean, que são meros coadjuvantes, com destaque para o forçado sotaque britânico de Sean. E Michelle Monaghan, que faz um par romântico com Sandler, e que apesar de ser "fofo" o romance, não existe nenhuma química entre eles. Mas é divertido vê-la em ação ajudando os heróis nerds.
Com um roteiro repleto de clichês, e mesmo com seus exageros, o resultado final de Pixels é positivo, garantindo uma sessão muito divertida e cheia de referências que deixarão os fãs dos jogos com os olhos brilhando. É interessante também uma comparação que o roteiro faz desses clássicos jogos “pixelados” com os atuais, além de aparições de artistas famosos em gravações feitas nos anos 80, e uma outra muito especial, que faz referência à um dos famosos jogos. Não vá esperando um filme sério, por que não é, ainda mais por ser protagonizado por Adam Sandler. Pixels é um filme sem nenhum compromisso com o certo e o errado, servindo apenas para nos divertir e passar uma grande nostalgia aos que um dia jogaram esses clássicos jogos dos anos 80 em um fliperama.

PIXELS: O FILME (PIXELS)
Ano: 2015
Direção: Chris Columbus
Distribuidora: Sony Pictures
Duração: 105 min
Elenco: Adam Sandler, Kevin James, Michelle Monaghan, Josh Gad, Peter Dinklage, Brian Cox e Sean Bean
NOTA: 8,0
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