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CRÍTICA | PASSAGEIROS (2016)

  • Foto do escritor: Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
    Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
  • 5 de jan. de 2017
  • 4 min de leitura

Atualizado: 14 de mai.


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Quem não queria conhecer outros planetas e fazer viagens interestelares? Ou pelo menos, quem não tem curiosidade nisso tudo? Os filmes de ficção nos proporcionam essa experiência há décadas, como o último filme desse gênero lançado, Interestelar, e agora chegou a vez de outro longa nos contar uma história futurista de viagem interestelar e colonizar outros planetas: Passageiros. Mas, o novo filme do diretor indicado ao Oscar por O Jogo da Imitação, Morten Tyldum, não é apenas um filme de ficção, mas também mistura romance, bastante humor, incríveis cenários futuristas, e faz uma bela reflexão sobre o futuro e nossas escolhas. Na trama, a nave interestelar Avalon está levando 5.000 pessoas para colonizar um planeta chamado Homestead 2, em uma viagem de 120 anos. Durante a viagem, dois passageiros - Jim Preston (Chris Pratt) e Aurora (Jennifer Lawrence) - acordam mais cedo, 90 anos antes do previsto, por causa de uma pane na energia de suas capsulas de hibernação. Jim e Aurora acabam engatando um romance, e o que o parecia ser uma viagem dos sonhos, acaba se tornando uma luta contra a vida, já que a nave corre o risco de explodir, acabando com a vida deles e das outras pessoas a bordo da nave.

Passageiros é dividido em duas partes, que se juntam sem percebemos. A primeira, mostra o romance dos protagonistas, os únicos na nave que acordaram. O romance entre Jim e Aurora cai em alguns clichês básicos do gênero, mas tem um visual futurista, e acerta ao introduzir humor e situações engraçadas. A segunda parte é onde a ação entra em cena, e mostra os personagens tentando salvar a nave Avalon do seu trágico destino. Por se tratar de um romance, a primeira parte é mais devagar, com bastante conversas para apresentar os personagens, criando um vínculo com o espectador. Mas o visual compensa, e o filme consegue nos fazer entrar na história, com os belos cenários da nave, as tecnologias que todo mundo queria ter, e as imagens do espaço, que são maravilhosas e incríveis. Com certeza um ótimo trabalho de direção de arte.


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A ação, na segunda parte, não deixa a desejar, e cria um clima de tensão crescente ao mostrar o desespero dos personagens em salvar a nave; e com um deles correndo risco de vida, os dramas e preocupações surgem na trama, "o amo amor fala mais alto". O roteiro é muito interessante, faz o espectador querer entender tudo o que está acontecendo, e talvez tenha algumas situações previsíveis e clichês, mas o entretenimento é certo, e você nem repara muito nisso. Imagina que você está indo para outro planeta, é um sonho seu, e então você acorda 90 anos antes do previsto, sem poder hibernar novamente, sendo que, provavelmente, você já vai estar morto antes de chegar ao destino e não terá a chance de conhecer esse novo planeta.

O filme tem um histórico que já vem de anos. A história já estava pronta, só faltava alguma produtora comprar o roteiro e escolher os protagonistas e o diretor. Keanu Reaves, Reese Witherspon e Rachel McAdams receberam propostas para interpretar o casal principal do filme, mas todos desistiram, e o filme acabou ficando anos parado. Logo, a Sony Pictures comprou os direitos do filme, e escalou dois dos grandes atores da atualidade, Chris Pratt (Guardiões da Galáxia, Jurassic World) e Jennifer Lawrence (Jogos Vorazes, O Lado Bom da Vida) para viverem um romance espacial. A química entre os dois é excelente e cativa o espectador, já que ambos são engraçados, e isso ajuda bastante a sustentar o roteiro, que conta com bastante humor, até porque, praticamente o filme todo é somente eles que estão em cena. Jennifer Lawrence encanta em tela e mostra que tem talento suficiente para qualquer filme, com o seu humor natural nas cenas mais leves, e o drama nas cenas mais pesadas; Chris Pratt é divertido e engraçado na medida certa que o longa pede. Vale destacar a atuação de Michael Sheen, o robô Arthur, que é o "barman" da nave Avalon, que acaba se tornando o confidente do casal desafortunado.


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Passageiros ainda tem uma grande lição de moral, sobre as atitudes dos personagens ao lidar com os problemas, as suas consequências, e faz também uma reflexão sobre a vida, o medo da solidão, e sobre o futuro que a gente planejou, mas que não deu certo. Ainda, Passageiros faz referência a outros filmes, como O Iluminado, Wall-E, Titanic ("se você morrer, eu morro"), e até ao clássico da Disney, A Bela Adormecida, e não é só por causa do nome da personagem de Lawrence. Passageiros é uma mistura de comédia romântica e ficção, que mesmo com os clichês básicos do gênero, o longa diverte, tem bastante humor, com um visual arrebatador, mas não emociona tanto quanto deveria. O final poderia ter sido um pouco diferente, um pouco mais dramático talvez, foi um final bem interessante e muito bom para se refletir, mas previsível. Passageiros tem tudo para ser um ótimo filme se você entrar na história e entender todo o drama que o casal passa. E só pelo visual da nave, as tecnologias e as cenas no espaço (em especial quando eles passam bem perto de uma estrela), o filme já vale o ingresso.



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PASSAGEIROS (PASSENGERS)


Ano: 2016

Direção: Morten Tyldum

Distribuidora: Sony Pictures

Duração: 116 min

Elenco: Chris Pratt, Jennifer Lawrence, Michael Sheen e Laurence Fishburne



NOTA: 8,5


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