CRÍTICA | O MAIOR AMOR DO MUNDO
- Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
- 7 de mai. de 2016
- 3 min de leitura
Atualizado: 16 de mai.

Para quem não conhece o diretor Gary Marshall, ele foi o responsável por dois grandes clássicos do cinema: Uma Linda Mulher, e Noiva Em Fuga. O diretor também dirigiu dois filmes com temáticas de datas comemorativas: Idas e Vindas do Amor, que se passa no dia dos namorados, e Noite de Ano Novo, que se passa na virada de ano. Agora, continuando com as datas comemorativas, Gary Marshall aborda o dia das mães com O Maior Amor do Mundo, filme que conta várias histórias paralelas sobre ser mãe. A história se passa na semana do dia das mães, e conta cinco histórias paralelas: Sandy (Jennifer Aniston) está separada do marido e descobriu que ele se casou com uma mulher mais nova, e tem medo em relação aos seus dois filhos; As irmãs Jesse (Kate Hudson) e Gabi (Sarah Chalk), que escondem seus relacionamentos de seus pais conservadores, uma é lésbica e a outra casou com um indiano; Bradley (Jason Sudeiks), pai viúvo que é mãe e pai ao mesmo tempo, tendo que lidar com os problemas das suas duas filhas; Miranda Colilins (Julia Roberts) é uma escritora bem sucedida que deixou de ter filhos para focar em sua vida profissional; e o casal Zack (Jack Whitehall), que tenta ter sucesso na carreira de comedista, e Kristin (Britt Robertson), tem medo de se casar por ter um problema não resolvido no passado; e ambos tem uma filha bebê.
Mother’s Day, no original, não é aqueles filmes maravilhosos, ou um dos clássicos do diretor Gary Marshall, mas tem seu charme e carisma. De início, por ter cinco histórias diferentes, e quase vinte personagens, o público pode ficar confuso com tanta informação que recebe, mas depois se desenrola bem, mas tem seus momentos monótonos, além de utilizar a formula básica e previsível do gênero. Cada personagem tem seus problemas, enfrentando os desafios da maternidade, com dramas interessantes, e momentos engraçados e divertidos. A fotografia também ajuda a dar um tom mais alegre ao filme, e a trilha sonora acompanha os momentos de emoção, tristes ou alegres, que vão desde Ed Sheran a Megan Trainor.

O único problema, talvez, seja em relação aos personagens, culpa do fato do filme ter cinco núcleos diferentes e vários personagens, não tendo muito espaço para desenvolve-los e explorá-los adequadamente. O núcleo mais engraçado fica por conta da história das duas irmãs, Jesse e Gabi, principalmente em relação às mães, e o mais emotivo seja o do casal Kristin e Zack. Todos os atores se saem bem em cada um de seus papéis, e por mais que seus conflitos não sejam necessariamente envolvendo o tema, no final, acaba sendo.
Como de costume, o final de O Maior Amor do Mundo, vem com uma mensagem bonita sobre o amor incondicional de mãe, mas não tem aquela carga emocional para fazer o público chorar, no máximo se emocionar; mas claro, depende de cada um. O filme de Gary Marshall é despretensioso, leve e divertido, abordando temas importantes atualmente, com espaço para piadas envolvendo até Uber, e um início de um romance, fato, aliás, que fugiu do clichê do típico casal que se forma durante a história.

O MAIOR AMOR DO MUNDO
Ano: 2016
Direção: Garry Marshall
Distribuidora: Imagem Filmes
Duração: 113 min
Elenco: Jennifer Aniston, Kate Hudson, Julia Roberts, Jason Sudeiks e Timothy Olyphant
NOTA: 7,5
Disponível na




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