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CRÍTICA | NATUREZA VIOLENTA

  • Foto do escritor: Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
    Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
  • 11 de out.
  • 3 min de leitura

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Um dos subgêneros do terror mais amados pelos cinéfilos é o “slasher” – um serial killer que persegue jovens e os mata brutalmente -. Sem se estender muito, podemos citar Halloween, Sexta-Feira 13, e Pânico como as melhores referências. A estrutura do slasher é basicamente a mesma de sempre, um assassino mascarado, jovens sendo assassinados, uma final girl, e geralmente muito sangue. Agora, o filme em questão é "Natureza Violenta", dirigido e roteirizado pelo cineasta canadense Chris Nash, e para explicar melhor, vamos pegar a franquia Sexta-Feira 13 como exemplo, que provavelmente é a maior referência aqui. Jason Voorhees sempre ficava escondido observando os jovens de longe antes de matá-los, aparecendo em diversos lugares inexplicavelmente – e essa era a maior graça dos filmes -. Mas o que será que Jason ficava fazendo antes de começar a matança? Como que ele chegava até as vítimas? “In a Violent Nature”, no original, responde essa pergunta ao acompanhar a história do ponto de vista do assassino. Mas será que essa dinâmica ficou realmente boa?


Natureza Violenta, inicialmente chamado de Uma Natureza Violenta, tem uma ideia bem interessante e inovadora ao mostrar os passos do assassino até ele chegar nos jovens que serão ceifados, mas na prática essa ideia não funcionou tanto assim. O slasher foge da proposta do subgênero ao focar no ponto de vista do assassino, sem priorizar os jovens – não conhecemos a história deles, não vemos eles chegando no lugar do massacre, a dinâmica entre eles é praticamente inexistente, -. A câmera vai acompanhando o vilão caminhando pela floresta até chegar nos outros personagens, o público apenas os vê de longe, muitas vezes só as conversas entre eles, é como se a gente fosse o assassino. O problema é que essa estrutura acaba ficando cansativa para as suas 1h30 de duração, essa “rotina” é chata e entediante, acho que nem o antagonista estava se divertindo tanto – até chegar nos jovens e matá-los brutalmente, claro -. E falando nisso, pelos menos, as mortes são bem violentas e gráficas, "Natureza Violenta" é um típico slasher com bastante sangue, mutilações, corpos perfurados, e bastante gore, exatamente como os fãs gostam. E se pouco sabemos sobre os jovens – irritantes e descartáveis, diga-se de passagem -, o contrário acontece com Johnny (o nome do assassino): o roteiro explica o que aconteceu com ele, o seu passado, o mistério que envolve um colar que ele tanto procura, e o motivo que o faz matar brutalmente os jovens.


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Natureza Violenta tem uma proposta interessante, e inovadora, mas essa dinâmica de acompanhar passo a passo do vilão, literalmente, até chegar nas suas vítimas, se torna cansativa, além de perder toda a tensão e o suspense que um filme slasher deveria ter. O desfecho pode decepcionar bastante, já que praticamente vai contra a proposta do filme, com direito a um monólogo filosófico chatinho, mas com fundamento; faltou talvez um embate final entre a final girl e o assassino Johnny. No fim, "In a Violent Nature" vale mais pela ideia diferente de contar a história do ponto de vista do vilão, e pelas mortes gráficas, que com certeza entram para as mais brutais e violentas do ano.



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NATUREZA VIOLENTA


Ano: 2025

Direção: Chris Nash

Distribuidora: Shudder

Duração: 91 min

Elenco: Ry Barrett, Andrea Pavlovic, Cameron Love


NOTA: 7,5


Disponível na


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