CRÍTICA | MULHER-MARAVILHA
- Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
- 2 de jun. de 2017
- 3 min de leitura
Atualizado: 9 de mai.

A primeira aparição da heroína Mulher-Maravilha, recentemente, foi em Batman vs Superman, e causou receio no público e nos fãs da DC pela escolha da atriz Gal Gadot para interpreta-la. Porém, a atriz israelense acabou sendo a escolha certa para viver a heroína. Um filme solo da heroína era inevitável, e coube a diretora Paty Jenkins à missão de levar a história dela para os cinemas. O resultado foi Mulher-Maravilha, considerado um dos melhores filmes da DC, contando a história da origem de Diana, e o papel importante que ela teve na primeira guerra mundial. Na trama, Diana (Gal Gadot) vive em uma ilha isolada do mundo chamada Themyscira, onde vivem as amazonas - guerreiras destinadas a proteção -. Com a chegada do espião Steve Trevor (Chris Pine), que diz ter vindo de uma grande guerra, Diana diz que as amazonas deveriam lutar ao lado dos homens para derrotar o Deus Ares, que ela diz ser o culpado pelo conflito. Então, Diana deixa a ilha do Paraíso junto com Steve, para lutar na guerra contra os alemães e destruir Ares. David Thewlis, Danny Houston, Lucy Davis, Elena Anaya, Robin Wright e Connie Nielsen estão no elenco.
Para introduzir a história da Mulher-Maravilha, a diretora Paty Jenkins optou por contar a história de origem da amazona, mas mantendo a conexão do filme com o universo da DC. Já no início, conhecemos Diana quando ainda era uma criança, até se tornar parte da heroína que ela é hoje, para depois, a personagem ir para a guerra junto com Steve Trevor, onde ela descobrirá o seu destino. Em Batman vs Superman, o homem morcego encontra uma foto de Diana durante a guerra, e é ai que filme tem o seu foco maior. As cenas da terra natal dela são lindas e contam com paisagens paradisíacas, para depois mostrar uma Londres feia, sem cor, e os campos de batalha cercados por destruição. Patty Jenkins cria uma história leve, bonita, com ótimas cenas de ação, e que fica mais cômico quando Diana chega ao mundo moderno, sentindo um estranhamento, mas achando tudo divertido.

A história de origem da Mulher-Maravilha é bem desenvolvida, e o roteiro consegue trabalhar muito na personalidade da personagem: Diana sempre vê o lado bom das pessoas, acredita nelas, e a forma como ela vai descobrindo o mundo atual, é bem divertida. E Gal Gadot consegue passar para o espectador tudo isso, inclusive no seu olhar, o que torna uma grande heroína. Chris Pine serve como o par romântico de Diana, fazendo piadinhas com o seu biotipo “acima da média”, e se sai bem como um herói de guerra, claro, ofuscado pela presença da guerreira amazona. O filme falha somente em introduzir os vilões, criando personagens caricatos e não tão ameaçadores, com exceção do deus Ares. Destaque para o competente elenco feminino de Themyscira, que mostra a força das mulheres quando estão em ação.
A parte final, quando Diana enfrenta o deus Ares, é repleto de feitos especiais, alguns parecendo artificiais demais, mas ainda é uma batalha empolgante, que conta com uma reviravolta nada impressionante. Mulher-Maravilha é o maior acerto da DC nos últimos anos depois de grandes fracassos, que entretém com a ótima apresentação de Diana, as excelentes cenas de ação durante a guerra, o tom mais cômico, o visual, o carisma, e a bravura de Gal Gadot ao interpretar a famosa guerreira amazona. O próximo passo da heroína é Liga da Justiça, mas o que queremos ver é o segundo filme de Diana, e pilotando o icônico avião invisível.

MULHER-MARAVILHA
Ano: 2017
Direção: Paty Jenkins
Distribuidora: Warner Bros. Pictures
Duração: 141 min
Elenco: Gal Gadot, Chris Pine, David Thewlis, Danny Houston, Lucy Davis, Elena Anaya, Robin Wright e Connie Nielsen
NOTA: 10
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