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CRÍTICA | MISSÃO: IMPOSSÍVEL - O ACERTO FINAL

  • Foto do escritor: Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
    Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
  • 23 de mai.
  • 5 min de leitura

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Foram sete filmes e quase 30 anos de filmes da franquia “Missão: Impossível” estrelado pelo astro Tom Cruise, que integrava o IMF (Força Missão Impossível). Desde o lançamento do primeiro filme – 22 de maio de 1996, data aliás que é mencionada de forma misteriosa durante a trama -, vimos Ethan Hunt (Cruise) fazendo acrobacias mirabolantes e desafiando perigos inimagináveis, como escalar o prédio mais alto do mundo (o Burj Khalifa em Dubai), se pendurar do lado de fora de um avião do exército em pleno voo, intensas perseguições de helicópteros e com carros em cidades turísticas, pular de penhascos, entre outras diversas. E detalhe: todas foram o próprio ator que fez, sem uso de dublês. Considerado o “James Bond” americano, Ethan Hunt e a franquia “Missão: Impossível”, conquistaram fãs pelo mundo, arrecadando bilhões em bilheterias, introduziu personagens divertidos e carismáticos que estavam presentes desde o início, e contava com sequências de ação espetaculares que precisavam ser vistas em tela grande, principalmente em IMAX.


Mas toda franquia termina, e todo herói tem a sua despedida, e com “Missão: Impossível” não seria diferente. “O Acerto Final” finalmente está entre nós, continuação da “Acerto de Contas – Parte 1”, lançado em 2023, que fecha o ciclo narrativo iniciado com “Nação Secreta” em 2015. “Missão: Impossível – O Acerto Final” provavelmente é o capítulo mais diferente da franquia, uma despedida digna de Ethan Hunt, com sequências de ação ainda mais intensas, e uma trama bem menos complexa e bastante atual. Na trama, após conseguir as duas partes da chave que tem ligação com a “Entidade”, Ethan Hunt e sua equipe precisam encontrar um submarino destruído, o Sevastopol, descobrir o que essa tal chave realmente faz, e impedir que governantes poderosos usem a IA (a entidade) para controlar o mundo.


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Depois de algumas reclamações em relação a trama complexa e confusa de Acerto de Contas – Parte 1, e pela excessiva explicação de tudo, “Missão: Impossível – O Acerto Final” acerta em trazer uma trama mais fácil de se entender – até porque, muitas coisas acabaram sendo resolvidas na primeira parte -, ainda tem alguns pequenos problemas no roteiro, mas nada que estrague a despedida de Ethan Hunt. A primeira parte praticamente não tem sequências de ação, servindo para explicar a trama, a tal ameaça da Entidade, e situar os acontecimentos ao longo do filme, além dos flashbacks em excesso que atrapalham um pouco – mas tem a nostalgia de relembrar alguns filmes anteriores, principalmente o terceiro -. A segunda parte foca mais na ação, claramente, mas o número delas são menores, e a equipe de Hunt não vai em cidades turísticas como Londres, Roma, e Paris, e sim em lugares mais remotos, como o tal submarino, a gélida ilha de Saint Matthews, no Alaska; talvez o mais próximo de um ponto turístico é um bunker na África do Sul.


E as sequências de ação? São poucas, mas são algumas das melhores de toda a franquia – é aquela fórmula básica das continuações serem cada vez maiores -. Duas cenas de ação se destacam nesse último filme: uma é a do submarino Sevastopol, quando Hunt mergulha a profundidades absurdas para um ser humano (sem muita proteção), com os corredores assustadores do submarino (quem tem claustrofobia talvez possa ficar mais ansioso) e o perigo constante do submarino se afundando cada vez mais. A outra é a perseguição do avião bimotor, com Hunt pendurado ao lado do avião a uma altura ainda mais absurda, e que deixará nervoso quem tem medo de altura. As cenas de ação são espetaculares e muito bem-feitas, mérito ao diretor Christopher McQuarrie, que firmou uma ótima parceria com Tom Cruise desde Missão: Impossível – Nação Secreta”, em 2015, e que sempre soube criar cenas intensas com os planos sequências e aproveitar das façanhas de Cruise para capturar os melhores ângulos. Sim, Tom Cruise no auge dos seus mais de 60 anos continuando dando o melhor nas sequências de ação, fazendo praticamente todas sozinho.


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“Missão: Impossível – O Acerto Final” é o filme mais emocional da franquia, e não é por menos, já que é a última missão do agente da IMF Ethan Hunt, e sua equipe. E o clima de despedida está presente o tempo todo, seja nos flashbacks dos filmes anteriores, e até na partida de personagens queridos pelo público (entenda como quiser). Além de salvar o mundo da ameaça da IA (a entidade) e do fraco vilão Gabriel (Esai Morales), Hunt também precisa salvar os seus amigos das mais diversas ameaças. Benji (Simon Pegg) e Luther (Ving Rhames), personagens queridos pelo público – e que estão na franquia desde o primeiro filme -, continuam carismáticos e divertidos, soltando piadinhas no meio das missões, e com a morte de Ilsa (Rebeca Fergusson) no filme anterior, coube a atriz Hayley Atwell, que interpreta Grace, a ocupar o protagonismo feminino ao lado de Hunt. Grace, que apareceu somente no sétimo filme, Acerto de Contas – Parte 1, mostra bastante potencial para integrar na equipe de Hunt em futuros filmes, se tiver. Pom Klementieff, que interpretou a assassina Paris, acaba tendo mais destaque em O Acerto Final, e acaba passando de “vilã” assassina contra Hunt para também fazer parte da equipe.   


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Entre sequências absurdas de ação que extrapolam a capacidade máxima do corpo humano, muitas perseguições, tiros, explosões, e embates corporais, "Missão: Impossível – O Acerto Final" ainda faz uma sutil reflexão sobre o uso da Inteligência Artificial, e até onde era digital pode chegar, onde cada vez mais dependemos dela para o nosso dia a dia, e claro, para as missões impossíveis de Hunt. O Acerto Final é uma despedida digna para Ethan Hunt, e a altura para uma das franquias mais divertidas do cinema, e apesar da demora para a trama dar uma engrenada, e ainda ser um pouco confusa, o filme é adrenalina pura com intensas sequências de ação e muita tensão, principalmente a perseguição do avião bimotor sobre as belas paisagens verdes da África do Sul – com Tom Cruise pendurado na asa do avião -. E por ser uma despedida, o drama e o sentimentalismo são maiores, que incluem flashbacks e adeus a personagens queridos pelo público. "Missão: Impossível – O Acerto Final" termina se consolidando com uma das maiores franquias de ação do cinema, e Tom Cruise como um dos maiores astros de Hollywood, e um dos principais responsáveis por levar o público ao cinema. Mas será que realmente vai ser o último filme da franquia? Se depender de Tom Cruise, parece que não. Queremos que a franquia termine de vez? Sinceramente, não. Mas tudo termina um dia, e parece que chegou a vez de “Missão: Impossível”.



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MISSÃO: IMPOSSÍVEL - O ACERTO FINAL


Ano: 2025

Direção: Christopher McQuarrie

Distribuidora: Paramount Pictures

Duração: 170 min

Elenco: Tom Cruise, Simon Pegg, Ving Rhames, Hayley Atwell, Pom Klementieff, e Esai Morales


NOTA: 9,0














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