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CRÍTICA | ESPIRAL: O LEGADO DE JOGOS MORTAIS

  • Foto do escritor: Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
    Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
  • 11 de jun. de 2021
  • 3 min de leitura

Atualizado: 19 de dez. de 2024


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A franquia Jogos Mortais teve seu início em 2004, apresentando John Kramer, conhecido como JigSaw, que, tecnicamente, não matava suas vítimas: elas tinham que escolher se queriam morrer ou sobreviver, com um preço a pagar, claro. A primeira trilogia focava bastante na história, mas o grande destaque eram as armadilhas criadas por Kramer; já a segunda parte da trilogia, os produtores deram mais importância para elas, esquecendo de trazer uma boa história, e a série foi decaindo aos poucos. Tentaram renovar a franquia com Jogos Mortais: O Final 3D, em 2010, que de final não tinha nada, e JigSaw, em 2017. Sem sucesso.


Novamente a LionsGate tenta trazer de volta o universo dos Jogos Mortais, com Espiral: O Legado de Jogos Mortais, uma mistura de spin-off com uma continuação da franquia, prometendo trazer o que tinha de melhor na franquia, pelo menos no primeiro: o suspense investigativo. O novo filme é dirigido por Darren Lynn Bousman, que comandou os capítulos 2, 3 e 4, e tem no elenco Chris Rock, Max Minghella, Marisol Nichols e Samuel L. Jackson. Na trama, um novo "jogos mortais" tem início, agora, o misterioso assassino começa a matar policiais de uma delegacia, e cabe ao detetive Zeke (Chris Rock), e seu novo parceiro William (Max Minghella), investigar o caso e descobrir o assassino antes que mais policiais comecem a morrer.


Espiral foi lançado como uma promessa de renovar a desgastada franquia de sucesso, trazendo de volta o clima investigativo, e as armadilhas criativas. A produção consegue esse feito, faz uma repaginada na franquia, e ainda foca bastante em sua história ao invés nas armadilhas; elas estão presentes, não tão criativas, mas ainda violentas. A trama é bem simples, mas direta, conseguindo instigar o espectador para descobrir quem é o novo realizador dos jogos, e o motivo de ele ter escolhido aquele departamento de polícia. Apesar da trama ser previsível, criando maneiras batidas e clichês de desviar a atenção do espectador, ainda deixa no ar uma dúvida de quem é o “novo JigSaw”.


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Um dos maiores problemas é o elenco, que não consegue cativar o espectador, já que o roteiro não os desenvolve bem, mesmo que a maioria sejam policiais corruptos. De todos eles, o novato William, interpretado por Max Minghella, é o que mais consegue chegar perto de criar uma empatia com o público, mesmo sabendo o básico sobre seu personagem. Outro grande problema, talvez o que mais deixa o filme a desejar, é a escalação de Chris Rock como o detetive principal, não por causa do ator, que é ótimo e se sai bem nas comédias, mas aqui, ele não acerta o tom, o humor dele não se encaixa em um filme desse gênero, além de ser exagerado em várias cenas. Samuel L. Jackson se sai bem, mesmo aparecendo muito pouco, o que já o torna suspeito, ou não.


A revelação do assassino acaba se tornando muito óbvia, apesar de não termos certeza de quem é, a motivação de tudo é plausível, se encaixando bem na trama, e o famoso “plot twist” é interessante e eficiente em deixar o espectador interessado no que está acontecendo. Mas não tem o mesmo impacto que alguns filmes da franquia deixou. No mais, Espiral: O Legado de Jogos Mortais termina positivo, se saindo muito melhor do que as duas últimas produções da franquia, e até de algumas da hexalogia original, mas ainda não deixa aquele efeito marcante no público. Acerta em focar mais na trama do que nas armadilhas, e consegue se destacar entre as produções, mas peca no roteiro pouco desenvolvido, e simples demais, onde poderia ter sido mais ousado. Será o reinício da franquia?



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ESPIRAL: O LEGADO DE JOGOS MORTAIS (SPIRAL)


Ano: 2021

Direção: Darren Lynn Bousman

Distribuidora: Lionsgate

Duração: 93 min

Elenco: Chris Rock, Max Minghella, Marisol Nichols e Samuel L. Jackson.



NOTA: 8,0


Disponível no (assinatura + aluguel)

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