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CRÍTICA | DIVERTIDA MENTE

  • Foto do escritor: Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
    Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
  • 20 de jun. de 2015
  • 3 min de leitura

Atualizado: 23 de mai.


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A Pixar sempre nos leva a incríveis mundos com suas inimagináveis história, e depois de tempos sem lançar nada de novo, ou sequências que nem precisavam ter, a Disney/Pixar voltou com tudo com Divertida Mente, uma das melhores animações do estúdio. Aplaudido de pé no Festival de Cannes, e elogiado pela crítica, a animação é uma das mais reflexivas e complexas do estúdio, mas explicadas de uma forma fácil de entender. A animação gira em torno da mente de Riley, uma garotinha que se mudou com seus pais para São Francisco e que não ficou feliz por isso. As suas emoções são controladas por cinco sentimentos que vivem dentro da mente da menina: a Alegria, a Tristeza, Raiva, Medo e Nojinho, que cuidam de tudo dentro da sala de controle. Após um incidente, a Alegria e a Tristeza, os principais sentimentos de Riley, acabam saindo da sala de controle e ficam perdidas dentro da mente de Riley, e com tantos acontecimentos na vida da garota, e sem ter como controlar direito, elas terão que retornar antes que a mente de Riley desmorone.


Divertida Mente é um filme que agradará mais adultos do que as crianças, já que tem uma história complexa e reflexiva. A ideia é uma das melhores, mais inteligentes, e originais já criadas pela Pixar, e tudo é muito bem trabalhado e detalhado. Todos os cantos da mente são visitados: temos os sentimentos que controlam as nossas emoções (situados em uma torre central), as nossas personalidades (ilhas ligadas a torre central, que mudam de acordo com a idade), a parte do esquecimento da nossa memória (um grande abismo no fundo da nossa mente), o setor das memórias guardadas (um enorme labirinto), o lado da imaginação, dos pensamentos abstratos, o inconsciente, o medo (representado numa caverna) e os sonhos, mostrando os mínimos detalhes com muita informação, criatividade e emoção; simplesmente demais.


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O roteiro é muito bem trabalhado, e mostra os acontecimentos da vida de Riley juntos com os problemas que os cinco sentimentos enfrentam dentro da mente dela. E a direção de arte é ótima também: além dos incríveis cenários de cada parte da mente, o mundo é repleto de cores vivas, representando a emoção e a aventura, e do lado de fora, no mundo real de Riley, são cores mortas, com tons de cinza, mostrando os acontecimentos tristes na vida da menina. As famosas "lições de vida" do estúdio estão presentes, e nesse caso são várias: a forma como lidamos com nossos sentimentos e as decisões precipitadas, o fato de que a gente ter que esquecer de recordações antigas para seguir adiante, aceitar as mudanças, e questões sobre depressão, mostrando que a tristeza é importante para crescermos, e que chorar faz bem. É uma animação bastante reflexiva, que nos faz pensar sobre a vida e a forma que lidamos com nossos sentimentos e escolhas da vida.


A animação não tem tantos personagens carismáticos, com destaque para Tristeza, com seus comentários depressivos e dramáticos e que é sempre mantida afastada por todos, e do amigo imaginário Bing Bong, um carismático elefante que acabou esquecido e ficou perdido em alguma parte da mente de Riley. Todos os sentimentos responsáveis pelo controle das emoções são explorados, mas são a Alegria e a Tristeza que ganham destaque: são sentimentos opostos, mas que precisam um do outro para trazer o equilíbrio na mente da menina; e quem disse que a tristeza não é importante na vida da pessoa, está enganado. Quando esses dois sentimentos se perdem na mente, cabe aos outros sentimentos, raiva, medo e nojinho, controlarem a mente de Riley, resultando nos problemas sentimentais dela. A quantidade de personagens é enorme, e todos são mostrados em cada parte da mente com sua função e detalhes incríveis; esse mundo é realmente brilhante. Do lado de fora da mente temos a representação de uma família que passa por conflitos, e as situações são mostradas com um realismo impressionante.



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A Pixar conseguiu fazer uma animação capaz de entendermos direito como a nossa mente funciona - o lado psicológico e seus problemas -, onde tudo é muito bem explicado com muitos detalhes e informações. Divertida Mente é mais um filme para adolescentes e adultos do que para as crianças por causa da complexidade, mas elas também vão se divertir. Com um roteiro brilhante, a nova parceria da Disney e a Pixar é emocionante e fará você chorar e rir bastante. E aposto que Divertida Mente vai ser o grande vencedor do Oscar de melhor animação no próximo ano.




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DIVERTIDA MENTE (INSIDE OUT)


Ano: 2015

Direção: Pete Docter

Distribuidora: Disney

Duração: 95 min

Elenco: Amy Poehler, Mindy Kalling, Lewis Black, Phillys Smith, Bill Hader, Diane Lane, Richard Kind e Kyle MacLachlan



NOTA: 10


Disponível no

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