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CRÍTICA | COMO TREINAR O SEU DRAGÃO (2025)

  • Foto do escritor: Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
    Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
  • 13 de jun.
  • 4 min de leitura

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Nas duas últimas décadas, Hollywood – e principalmente a Disney – tem lançado live-actions de suas animações que encantaram uma geração para os cinemas, mas nem sempre deram certas, e muitas foram bastante criticadas.  E indo nessa onda de refilmagens, a DreamWorks arriscou em lançar o live-action de Como Treinar o Seu Dragão, animação lançada em 2010, e que resultou em uma trilogia que arrecadou quase US$ 1,5 bilhões ao redor do mundo. O primeiro filme mostrava a história de Soluço (interpretado por Mason Thames no live-action), um garotinho aspirante a Viking que mora na aldeia de Burk, que constantemente era atacada por dragões. Soluço estava convicto em se tornar um “matador de dragões” até conhecer Banguela, um dragão raro e inteligente conhecido como “Fúria da Noite”, com quem acabou fazendo uma bela amizade, mudando totalmente a sua visão sobre os dragões. E por trás dessa amizade entre Soluço e Banguela, além da sua relação com o pai, Stoico (Gerard Butler) – que deu a voz ao mesmo personagem na animação -, e na relação com seus amigos, a animação abordava uma metáfora sobre aceitação, superação, e ser diferente dos outros, relacionado com o protagonista Soluço, claro.


O live-action de Como Treinar o Seu Dragão segue a mesma história e acontecimentos, além de manter toda a essência da animação que encantou o público na década passada. A trama não mudou praticamente nada, manteve os principais momentos do desenho, e a mudança mais significativa no filme é na caracterização de alguns personagens, talvez para deixá-los mais com uma aparência de vikings mesmo. A escolha em trazer Dean DeBlois de volta para a direção foi certeira – ele dirigiu as três animações de “How To Train Your Dragon” -, e por já estar em “terras conhecidas”, o diretor mantém vários enquadramentos e cenas da animação, trazendo ainda mais nostalgia e lembranças para os fãs, além conferir mais profundidade aos dramas dos personagens, principalmente em manter os temas abordados na animação, e adicionando alguns momentos novos para complementar todos esses acontecimentos.


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Os efeitos em CGI são outros fatores que ajudam a tornar a experiência em assistir ao live-action ainda melhor. Os cenários da vila são incríveis, a fotografia e a direção de arte são eficientes em reproduzir a época dos Vikings, e as sequências de ação são muito bem-produzidas, principalmente nas cenas em que os personagens interagem com os dragões, nas batalhas e principalmente quando estão voando com eles. A caracterização dos dragões também é impressionante e muito realista (os movimentos, a respiração, os olhares), em especial o adorável Banguela, com gestos e expressões que parecem ainda mais fofos do que na animação, e a sua interação com Soluço fica ainda melhor.


Por mais que a história seja a mesma, os personagens fazem toda a diferença, e principalmente, os atores que dão vida aos personagens. Mason Thames (que ganhou fama ao interpretar Finney em O Telefone Preto), é praticamente uma cópia do personagem da animação, e é o principal nome da produção, conferindo um carisma incrível para Soluço, mostrando toda a paixão do personagem em querer ser um Viking, mas que depois decide não ser mais um “matador de dragões” após fazer amizade com Banguela. A amizade entre Soluço e Banguela é tão incrível e bela quanto a animação, refazendo todos os momentos emocionantes da animação – inclusive as cenas dos voos sobre o mar são de tirar o fôlego, e ainda com a mesma trilha sonora que marcou a animação -, tornando a experiência ainda mais mágica. O elenco todo é carismático e divertido, em especial os amigos de Soluço, (Bocão, Cabeça-Quente, Cabeça-Dura, Melequento, Perna de Peixe), um mais engraçado do que o outro, e destaque para Astrid (Nico Parker), par romântico de Soluço. Gerard Butler volta a interpretar o pai do Soluço, Stoico – o ator deu voz ao personagem na animação -, mas sem grandes mudanças ou profundidades.


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Talvez, o filme poderia ter se aprofundado mais em alguns temas, como a mitologia dos Vikings, ou desenvolver melhor a relação de Soluço com seu pai - principalmente = na questão da morte de sua mãe -, ou até explorar mais o relacionamento entre Astrid e Soluço. Também, as cenas a noite acabaram ficando um pouco escuras, atrapalhando em algumas cenas. No fim, o live-action de Como Treinar o Seu Dragão acerta em não inventar a roda e também a não mudar os acontecimentos e a essência da animação – algo que o filme da Branca de Neve não fez -, resultando em uma adaptação incrível, super fiel, muito bem contada, e tão mágica quanto o original. Mesmo sem muitas surpresas na trama, mas com personagens carismáticos – com destaque para Mason Thames como Soluço, e a sua interação com Banguela são os melhores momentos do live-action -, ótimos efeitos especiais, e dragões com um realismo impressionante, o live-action de Como Treinar o Seu Dragão é incrível e emocionante, assim como a animação, e é um dos grandes acertos do ano. E uma sequência já está agendada para 2027.

 


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COMO TREINAR O SEU DRAGÃO


Ano: 2025

Direção: Dean DeBlois

Distribuidora: Universal Pictures

Duração: 122 min

Elenco: Mason Thames, Gerard Butler, Nico Parker



NOTA: 9,0
















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