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CRÍTICA | A SÉRIE DIVERGENTE: INSURGENTE

  • Foto do escritor: Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
    Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
  • 20 de mar. de 2015
  • 4 min de leitura

Atualizado: 21 de mai.


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Um ano após o lançamento de Divergente, chega aos cinemas o segundo filme baseado na trilogia de Veronica Roth, Insurgente. Nesse segundo capítulo, a série toma um rumo bem diferente, com novos personagens - outros que se despedem -, e realmente fica claro que a mocinha do filme, Tris, é a única salvação da história, e fará de tudo para destruir o "sistema" corrupto. A trama começa alguns dias depois do primeiro filme, onde Tris (Shailene), Quatro (Theo), Caleb (Ansel), Peter (Miles) e Marcus (Ray) estão refugiados na facção da Amizade, já que agora são considerados fugitivos. Jeanine (Kate Winslet), líder da Erudição, começa a caçar todos os divergentes, a então grande ameaça do sistema, para poder abrir uma caixa, a mesma que a mãe de Tris guardava, que pode conter alguma mensagem reveladora. O grupo acaba encontrando os "sem facções", liderado por Evelyn (Naomi Wats), que planejam uma guerra contra Jeanine e seu exército, enquanto que Tris tem que se esconder da Erudição. Octavia Spencer, Naomi Watts e Daniel Dae Kimsão as novas adições no elenco.


O roteiro de Insurgente conta com várias revelações e traições, além de ter um ritmo mais acelerado do que o primeiro, mas não tem toda a emoção e diversão do que Divergente. Nesse segundo filme, os personagens buscam por justiça, e farão de tudo para tê-la, assim como a destemida Jeanine fará de tudo para caçar os divergentes, principalmente Tris, o principal alvo da Erudição. O filme conta com cenas de ação forçadas e cheias de efeitos especiais, além do clichê de que Tris é a escolhida para ser a salvação de todos; mas aqui, pelo menos, eles fazem piadas dessa "inevitável" escolha. Duas novas facções são apresentadas, até então desconhecidas pelo público: a Amizade e a Franqueza; só conhecíamos a Audácia, a Abnegação e a Erudição. É na Amizade que está a atriz vencedora do Oscar Octavia Spencer, que interpreta Johanna, e pela sua expressão facial, não parece ser tão amigável assim. Daniel Dae Kim, da série Lost, é o líder da facção Franqueza, bem mais organizada, se assemelhando com da Erudição.


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Falta emoção em Insurgente, o que acaba influenciando nos personagens, mostrando suas histórias de forma rasa, sem nenhum aprofundamento. Se em Divergente Tris se destacava pelo seu carisma, em Insurgente, vemos o oposto. Aqui ela está revoltada, querendo vingança e destruir de vez a erudição. Shailene Woodley não faz o tipo revoltada, mas se sai bem, e está bem melhor nas cenas de ação; o drama dela é o que mais se desenvolve. Os personagens de Miles Teller e Ansel Engorth têm papeis importantes na trama, e tomam decisões importantes que mudarão o rumo da história. A inconstância de Peter é revoltante e engraçada, e Miles se sai muito bem, e reafirmo que ele é um dos grandes destaques da atualidade; já Ansel, sem muita expressão, está do lado oposto, frio e calculista, indo contra sua irmã, tudo por causa de seu personagem, e que só serve para "peso" na história, como ele mesmo diz durante o filme. A ambição de Jeanine é maior do que o filme anterior, onde ela deveria ser mais ameaçadora, mas não consegue; Kate Winslet é uma ótima atriz, mas a personagem é muito limitada e prejudica uma boa atuação dela. A sempre ótima Naomi Wats (Evelyn) e a talentosa Octavia Spencer (Johanna) são as novas adições no elenco, mas são meras coadjuvantes. Evelyn tem muita importância na trama mas sua história não é muito aprofundada, fato que também acontece com Quatro, que ainda continua com sua inexpressão, mesmo com uma reviravolta na história de seu personagem, e o seu romance com Tris dá uma engatada.


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Assim como Divergente, o segundo filme tem uma crítica social: se no primeiro mostrava um mundo ditado por uma líder que achava estar fazendo o certo mesmo estando errado, aqui a história segue um rumo diferente, e mostra muito mais a luta e a rebeldia dos personagens para acabar com esse regime. O roteiro apresenta isso de uma forma razoável, mas poderia ter sido melhor explorado, já que essa luta pela liberdade é um dos temas principais da série, principalmente nesse segundo filme. Além disso, a história mostra que Tris terá que descobrir quem ela realmente é, e o seu papel no meio dessa sociedade caótica, lutando pelos seus ideais e pela justiça.


Insurgente termina de uma forma bem interessante e esperançosa, instigando a imaginação do espectador - pelo menos os que não conhecem a história -, e a partir daqui a história seguirá um rumo bem diferente. A trilha sonora no final é de arrepiar. O resultado final de Insurgente é positivo, tem uma trama interessante e cheia de reviravoltas, mas que poderia ter aprofundado mais nos dramas dos personagens e na história. Os efeitos especiais são ótimos, mas o 3D convertido não ajuda em nada, já que não tem muita diferença. Hollywood usa essa tática para que o filme não se torne um fracasso nas bilheterias, já que os ingressos são mais caros. Resta agora esperar a adaptação de Convergente, último livro da série, que será divido em duas partes; outra tática de Hollywood para arrecadar dinheiro.



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A SÉRIE DIVERGENTE: INSURGENTE


Ano: 2015

Direção: Robert Schwentke

Distribuidora: Paris Filmes

Duração: 119 min

Elenco: Shailene Woodley, Theo James, Miles Teller, Ansel Elgort, Kate Winslet, Oscar Octavia Spencer, Naomi Watts e Daniel Dae Kim


NOTA: 9,0


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