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CRÍTICA | A MULHER NA JANELA

  • Foto do escritor: Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
    Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
  • 15 de mai. de 2021
  • 3 min de leitura

Atualizado: 18 de dez. de 2024


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Alfred Hitchcock foi um dos maiores diretores da história do cinema, e seus filmes serviram, e ainda servem, de inspiração para os cineastas da atualidade. A Mulher na Janela, filme que estreou na Netflix em maio, é um dos filhos de uma das produções do diretor, Janela Indiscreta, suspense lançado em 1954 e estrelado por James Stewart. Baseado no livro homônimo de A. J. Finn, A Mulher na Janela é um suspense intrigante com reviravoltas, em uma trama que, às vezes, fica um pouco confusa, motivo de ter recebido críticas negativas. Anna Fox (Amy Adams) sofreu um grave acidente, ficando reclusa em casa porque sofre de agorafobia, e passa grande parte do dia observando seus vizinhos. A situação se agrava quando uma nova família se muda para a casa em frente a de Anna, e ela presencia um possível assassinato. Também estão no elenco Julianne Moore, Gary Oldman, Jeniffer Jason Leigh, Fred Hechinger, Wyatt Russell e Brian Tyree Henry.


A produção teve um lançamento programado para 2019, mas após sessões testes, acabou sendo reeditado, para então, a Netflix comprar os direitos da produção; mas não deu muito certo. Em vários momentos, A Mulher na Janela parece confuso, com algumas cenas sem nexo, mas que são da visão do psicológico da personagem de Amy Adams, então, devemos interpretá-las a partir da sua perspectiva. Mas é fácil de entender a trama principal, que é bem desenvolvida e vai direto ao ponto, envolvendo o espectador com todo o mistério sobre o tal desaparecimento. É um pouco clichê, já que envolve uma personagem que ninguém acredita nela, mas que tem certeza do que viu, e para ajudar, a colocaram com problemas psicológicos, fato que faz com que os personagens questionem a sua sanidade, nos fazendo questionar também.


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Um dos problemas é o desenvolvimento de vários personagens, principalmente a da família Russel, onde sabemos muito pouco sobre o passado deles, o que faria muita diferença em relação ao mistério da trama, mas nada de tão ruim quanto estão falando. Um exemplo é o filho da família Russel, interpretado por Fred Hechinger, que tem um papel muito importante, e que se sai muito bem no personagem, mas acaba não tendo tanto impacto no “plot twist” da trama. Amy Adams é o grande destaque do suspense, que trabalha muito bem nos problemas psicológicos de sua personagem, e tem sua história explicada direitinho, aos poucos. Julianne Moore, mesmo aparecendo em uma única cena, é a coadjuvante que mais acaba tendo importância na trama, e o diretor acaba não aproveitando tanto as presenças de Jennifer Jason Leigh e Gary Oldman.


A parte técnica é um dos grandes destaques da produção, principalmente a fotografia, que explora muito bem todos os cantos e detalhes da casa de Anna, em especial, quando ela observa seus vizinhos pela janela, fato que podia ter sido mais explorado. No fim, A Mulher na Janela não é tão ruim como estão dizendo, só não tem aquele impacto como Garota Exemplar, ou A Garota no Trem, e o roteiro, que poderia ser mais desenvolvido, principalmente em relação aso personagens. Apesar disso, é um filme intrigante, com bastante suspense e mistério que deixa o público curioso com a trama, apesar de estar pouco bagunçada e confusa, mas é repleto de reviravoltas e um desfecho bem no estilo hollywoodiano, com direito a chuva e trovões.



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A MULHER NA JANELA


Ano: 2021

Direção: Joe Wright

Distribuidora: Netflix

Duração: 110 min

Elenco: Amy Adams, Julianne Moore, Gary Oldman, Jeniffer Jason Leigh, Fred Hechinger, Wyatt Russell e Brian Tyree Henry



NOTA: 8,0


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