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CRÍTICA | A SÉRIE DIVERGENTE: CONVERGENTE

  • Foto do escritor: Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
    Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
  • 11 de mar. de 2016
  • 4 min de leitura

Atualizado: 21 de mai.


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As adaptações cinematográficas de obras literárias dominaram o cinema nos últimos anos, e a maioria dos livros tem uma temática parecida: um(a) jovem que é a esperança para salvar um grupo, ou a humanidade, resultando em conflitos e rebeliões com grandes batalhas. Entre Jogos Vorazes e Maze Runner, Divergente se destacou em 2014, adaptação homônima de uma trilogia - Divergente, Insurgente, e Convergente - escrita pela autora Veronica Roth. O primeiro filme tinha uma história muito interessante sobre um futuro apocalíptico dividido por facções, e comandado por Janine (Kate Winslet), tinha um ritmo contagioso, e personagens cativantes. Depois, foi a vez de Insurgente, que esqueceu um pouco do desenvolvimento dos personagens e do roteiro, mas ainda apresentava uma história interessante que chamava a atenção. Agora, é a vez de Convergente, terceiro e último livro da série, na qual os produtores decidiram dividi-lo em duas partes; Harry Potter e Crepúsculo fizeram a mesma coisa. Na trama, após a morte de Janine (Kate Winslet) e a revelação que existe um mundo fora dos muros, Tris (Shailene Woodley), Quatro (Theo James), Caleb (Ansel Elgort) e Peter (Miles Teller) decidem fugir da cidade de Chicago para descobrir o que existe atrás dos muros. Em um mundo devastado, eles acabam encontrando uma outra civilização liderada por David (Jeff Daniels), que vivem em uma pequena cidade. Tris descobre novas informações sobre tudo o que aconteceu e as intenções de David para salvar o planeta, e ao mesmo tempo, as duas alianças restantes em Chicago, os sem facções liderados por Evelyn (Naomi Wats), e a líder da facção Amizade, Johanna (Octavia Spencer), estão entrando em guerra.


A adaptação de Convergente para os cinemas segue por caminho bem diferente em relação ao livro de Veronica Roth, fato que não agradou muito os fãs, e a escolha de dividir em duas partes não foi certeira. Insurgente terminou deixando o espectador curioso sobre o que tinha atrás dos muros da cidade, e finalmente somos apresentados a um novo lugar, novos personagens, novos planos, e um novo líder, David (Jeff Daniels). Todos os filmes da série são bons e tem histórias muito interessantes, principalmente "Divergente", e com o terceiro filme acontece a mesma coisa. O "novo mundo" que é apresentado é totalmente diferente da cidade de Chicago e as Facções, e se assemelha mais com a Erudição, com tecnologias fantásticas e um visual futurista. Não há nada de novidade na ambientação, mas mesmo assim impressiona, e é interessante a ligação dessa nova civilização com a cidade de Chicago. Toda a primeira parte, a apresentação desse "novo mundo", prende a atenção, mas depois, o roteiro tem situações clichês e previsíveis, principalmente para quem já acompanhou os outros filmes. Ainda que toda a situação do grupo ir até o novo lugar e não ser aquilo que eles pensavam, seja muito óbvia, o ritmo é frenético e cheio de reviravoltas e revelações, tornando a trama mais contagiante.


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Talvez, o grande problema seja alguns personagens e seus desenvolvimentos na história. Após uma decaída em Insurgente, Shailene Woodley e sua Tris continuam da mesma forma, sem muitas mudanças, mas pelo menos, em Convergente ela está mais determinada. Tris ainda é a única que pode salvar a humanidade, e com isso, o clichê de a escolhida ser manipulada acontece. O seu par romântico, Quatro, interpretado por Teo James, continua sem muita expressão, e não tem tanta importância na trama, situação diferente no livro, e o romance do casal não engata mais, provando que os dois não tem uma química boa. Talvez, os roteiristas decidiram não dar muita importância no romance deles, mas não está tão claro se é essa a intenção. Teo James é bonito e serve para ser o galã das adaptações juvenis, mas sua falta de expressão irrita, mesmo que seja um traço do seu personagem.


Entre os coadjuvantes, é Miles Teller e seu Peter que tem o maior destaque, que uma hora está no lado dos mocinhos e depois passa para o lado do vilão. Essa sua inconstância é divertida, deixando o espectador sempre desconfiado de suas atitudes, diferente dos outros personagens. Caleb (Ansel Elgort), o irmão de Tris, é simplesmente um mero coadjuvante, e tinha evoluído no filme anterior, mas em Convergente ele voltou às suas “origens”. Com a morte de Janine (Kate Winslet), o novo vilão é David (Jeff Daniels), líder da nova civilização. Janine, apesar de não passar muito medo como vilã, era ótima e sua determinação em destruir os divergentes era significante. O David de Jeff Daniels não parece ser um vilão, e talvez nem seja, mas suas intenções são duvidosas. Talvez no próximo filme ele seja mais cruel, já que aqui, seu personagem precisava de uma introdução. Octavia Spencer e Naomi Watts, líderes da facção Amizade e dos sem facção, respectivamente, ainda são meras coadjuvantes, sem muito desenvolvimento, principalmente Octavia. Evelyn que tem uma importância pouco maior do que sua colega de facção, mas se limita a tomar decisões erradas e depois se arrepender.


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Convergente tem um ritmo melhor que o antecessor, Insurgente, e não tem tanta emoção quanto Divergente, mas é igualmente bom, com ótimos efeitos em CGI, o cenário futurista, e a tecnologia tornam tudo mais interessante, mas a adaptação falha principalmente nos seus personagens - devido a limitada direção de Robert Schwentke -, nos clichês do roteiro e suas situações previsíveis, mas ainda, tudo é empolgante e prende a atenção. Dizem que muita coisa do livro foi mostrada nessa primeira parte, não deixando muito para o último capítulo da saga. Resta esperar a segunda parte e torcer para que seja digna de uma bela conclusão para uma adaptação. O último capítulo terá um nome diferente, e se chamará Ascendente.



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A SÉRIE DIVERGENTE: CONVERGENTE


Ano: 2016

Direção: Robert Schwentke

Distribuidora: Paris Filmes

Duração: 120 min

Elenco: Shailene Woodley, Theo James, Ansel Elgort, Miles Teller, Naomi Watts, Octavia Spencer, Zoe Kravits, Jeff Daniels e Bill Skarsgard


NOTA: 8,0


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