CRÍTICA | VINGADORES: GUERRA INFINITA
- Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
- 27 de abr. de 2018
- 4 min de leitura
Atualizado: há 7 dias

Em 2008, a Marvel deu inicio ao seu universo cinematográfico com Homem de Ferro. Desde então, vários heróis foram surgindo, Capitão America, Hulk, Thor, Viúva Negra e Arqueiro, até o primeiro encontro, em 2012, com Os Vingadores. Esse foi o fim da “Fase 1” da Marvel. Depois, outros heróis foram adicionados ao time: os de Guardiões da Galáxia (Peter Quill, Gamora, Drax, Rocket e Groot), o Homem Formiga, Falcão, Máquina de Combate, Visão e Feiticeira Escarlate, para daí, junta-los em Vingadores – A Era de Ultron, lançado em 2015. Lembrando que Visão e Feiticeira Escarlate foram introduzidos já nos eventos de Ultron, mesmo não tendo ainda filmes solos, e o Homem Formiga apareceu após os eventos desse. E assim, encerrou-se a fase 2. Com Capitão América – Guerra Civil, a Marvel deu inicio a sua terceira fase, que ainda não terminou, e introduziu mais três heróis: Doutor Estranho, Homem Aranha (que teve uma breve participação em Guerra Civil e um filme solo depois), e Pantera Negra, tudo planejado para o evento mais esperado de todo o universo do estúdio: Vingadores – Guerra Infinita, que mostra a luta de todos os vingadores contra Thanos. E olha que ainda é a primeira parte, e teremos a introdução de um outro herói que terá papel importante na sequência, Vingadores – Ultimato. Na história, Thanos (Josh Brolin) está atrás das cinco joias do infinito para ter o controle de todo o universo. É aí que o time dos os vingadores entram em cena com a missão de unir forças para impedir os planos de Thanos.
Guerra Infinita é um evento universal sem precedentes, que, junto com a segunda parte, Ultimato, mudará tudo o que nós conhecemos desse universo. Como era de esperar, o filme dos irmãos Russo é único, grandioso, com um enredo bem estruturado, emocionante e com cenas de ação espetaculares, dignas de serem vistas no cinema. A história começa logo após os eventos finais de Thor Ragnarok, quando o povo de Asgard é capturado por uma nave misteriosa, que descobrimos somente agora de quem se trata. O filme não perde tempo, e logo de cara já temos um grandioso embate em Nova York, e olha que ainda é a recém o início, mostrando que algo ainda maior está por vir. O grande desafio seria encaixar todos os personagens (só os Vingadores são dezoito) na história desse grande evento, e assim como foi em Guerra Civil, aqui também funcionou.

Em Guerra Infinita, os personagens estão divididos em “núcleos” espalhado por vários cantos do universo, onde alguns acabam se dividindo, e a maioria nem se encontra. Homem de Ferro, Doutor Estranho, Homem Aranha e Hulk são os primeiros a aparecerem, ainda na Terra, mas acabam indo para outros lugares do universo. A química de Robert Downey Jr. com Tom Holland, mais uma vez, é confirmada, assim como também funcionou com Benedict Cumberbatch. No outro núcleo estão os heróis de Guardiões da Galáxia - Peter Quill, Gamora, Drax, Rocket, Groot e Mantis -, que acabam encontrando Thor vagando pelo espaço. O Deus do Trovão se dá muito bem com os outros heróis, surgindo novas amizades, situações cômicas e até birras entre eles. E por fim, temos Capitão América, Viúva Negra, Falcão, Máquina de Combate, Visão, Feiticeira Escarlate e Hulk (que se separou do grupo de Stark), que acabam indo no reino de Wakanda para se encontrar com o Pantera Negra, onde ocorrerá a esperada batalha final.
Todos os personagens estão bem desenvolvidos, e cada herói tem sua importância na trama. Mas é o vilão Thanos que mais se destaca. Ele é o antagonista perfeito: ameaçador, tem uma personalidade forte, sem exageros, amável e com senso de humor. Os roteiristas fizeram um personagem mais humano e sensível, com justificativas plausíveis em tudo que ele faz; um vilão muito diferente e carismático. Guerra Infinita não é somente um encontro dos heróis, é muito mais do que isso. Todos os atos tem uma consequência, e o filme tem acontecimentos impactantes e cenas emocionantes, principalmente envolvendo Gamora, e uma no final, com o Homem Aranha. A sensação de melancolia é grande, e o espectador mais sensível poderá se emocionar com a carga dramática em cima dos personagens. Ainda tem espaço para o humor e piadas típicas dos filmes da Marvel, além da participação sempre divertida de Stan Lee. A parte técnica, também não deixa a desejar, mostrando lugares inimagináveis em outros planetas, e ótimos efeitos especiais, que deixam as batalhas ainda mais emocionantes.

E eis que chegamos na batalha final, grandiosa como era de se esperar, e que acontece simultaneamente em dois lugares diferentes, onde os heróis se juntam para enfrentar o grande vilão Thanos. Como sabemos, esse novo vingadores será dividido em dois filmes, e um acontecimento sem precedentes acontece, criando um enorme “cliffhanger” que deixara todos impactados, tristes e ansiosos para tentar entender o que aconteceu. Com certeza, todos sairão comentando. No fim, Vingadores – Guerra Infinita é tudo o que a gente esperava de um filme da Marvel, envolvente e emocionante, onde tudo se encaixa perfeitamente, e a transição dos núcleos dos personagens acontece facilmente, e que não perde o ritmo em nenhum momento. E de quebra, épicas batalhas com efeitos especiais gloriosos, e a maior reunião de personagens do cinema, algo muito raro de se ver. Um entretenimento de primeira qualidade. E quanto as cenas pós créditos, Guerra Infinita tem somente uma, e você terá que esperar até o final.

VINGADORES: GUERRA INFINITA
Ano: 2018
Direção: Anthony Russo e Joe Russo
Distribuidora: Marvel Studios
Duração: 159 min
Elenco: Robert Downey Jr., Chris Hemsworth, Mark Ruffalo, Chris Evans, Scarlett Johansson, Benedict Cumberbatch, Chris Pratt, Tom Holland, Chadwick Boseman, Zoe Saldana e Josh Brolin
NOTA: 10
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