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CRÍTICA | MEGAN 2.0

  • Foto do escritor: Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
    Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
  • 27 de jun.
  • 3 min de leitura


Em 2022, Megan surpreendeu o público e a crítica ao misturar um filme de slasher sobre uma boneca assassina, mas ao invés de ser uma boneca sobrenatural (Annabelle), ou um serial killer “incorporado” em um boneco (Brinquedo Assassino), a personagem título era um robô feita de IA. Essa proposta diferente resultou em uma bilheteria de quase U$200 milhões de dólares, e em um filme divertido e com muito humor, mas sem deixar de lado os elementos de um filme de terror. Não demorou muito para o estúdio Blumhouse preparar uma sequência da história de Megan, que foi desenvolvida para proteger a garotinha Cady (Violet McGraw). E então temos “Megan 2.0”. Mas será que mais um filme sobre a robô de IA, Megan, tentando matar pessoas para proteger sua amiga humana, seria uma boa ideia? Gerard Johnstone retorna à direção da sequência, e ele transforma a nossa querida vilã em uma anti-heroína que ainda precisa proteger sua amiga humana Cady, mas agora de uma ameaça ainda mais letal: a androide Amélia (Ivanna Sakhno). Mas como Megan foi destruída no primeiro filme, Gemma (Allison Williams) decide reviver Megan para ajudá-la encontrar Amélia e tentar destrui-la.


Por mais que o primeiro filme tinha um tom mais futurista pelo fato de usar IA e robôs, ainda trazia elementos de um filme de suspense e terror trash. Mas agora, em Megan 2.0, o terror é trocado por um filme de ação e ficção científica com muitas cenas de ação, embates corporais, e muito mais humor do que antes. A trama ainda foca nos perigos que a utilização da Inteligência Artificial pode causar na sociedade, mas agora também em uma escala maior, envolvendo até o governo americano e suas missões secretas – e é aí que entra a androide Amelia -. Entre essas discussões morais sobre a IA, Cady, Megan, Gemma e sua equipe, entram em uma missão no melhor estilo “Missão Impossível” para encontrar a vilã Androide e tentar destrui-la, com cenas de ação coreografadas e bem-produzidas, e tudo com muitas piadas, ironias, e sacadas divertidíssimas; inclusive tem várias referências também a outros filmes como "O Exterminador do Futuro" e "Alita". E sim, como prometido, temos alguns embates icônicos entre Megan e Amelia, e um ato final incrível com muitos efeitos especiais.



A bonequinha mais amada da atualidade continua sendo a personagem que mais se destaca, com seus maneirismos, sarcasmos, deboches e ironias, e que agora busca a sua redenção pelas suas maldades do filme anterior – ter assassinado quatro pessoas e um cachorro -. Porém, agora Megan tem uma nova rival a altura – mas não de carisma -, Amélia. Para dar vida a androide coube a atriz ucraniana Ivanna Sakhno, que consegue demonstrar toda a sua frieza como vilã, encenando ótimos embates corporais, se tornando uma verdadeira e ameaçadora vilã de filmes de ficção científica. Allison Williams e Violet McGraw demonstraram uma grande evolução em suas personagens, Gemma e Cady respectivamente, além de o roteiro trazer de volta o drama familiar das personagens sobre maternidade.


Quando saiu o primeiro trailer de Megan 2.0, muita gente ficou com um pé atrás, principalmente por essa mudança drástica de tom de um filme terror para um filme de ação e comédia. E por incrível que pareça, o resultado final é positivo: é um filme divertido e despretensioso, a trama e toda a questão sobre IA prende a atenção, situações absurdas e sequências de ação exageradas, mas incríveis, além de várias reviravoltas na trama, muito humor ácido, e ainda faz uma crítica social totalmente atual sobre o uso da IA. Não dá para dizer que Megan 2.0 é um filme cheio de originalidade porque tem muitas referências a vários filmes – O Exterminador do Futuro claramente é uma delas -, mas a produção segue por um caminho distinto e original que cumpre a missão de entreter o público. Megan 2.0 não é um filme para se levar a sério, ainda mais quando Megan canta "This Woman's Work", de Kate Bush, para acalmar Gemma, ou fazer dancinha em um palco com uma roupa futurista e toda maquiada pronta para a batalha. Megan e Megan 2.0 são propostas bem diferentes, mas a continuação consegue ser mais divertida e empolgante.




MEGAN 2.0


Ano: 2025

Direção: Gerard Johnstone

Distribuidora: Universal Pictures

Duração: 120 min

Elenco:  Allisson Williams, Violet McGraw, Ivanna Sakhno



NOTA: 8,5























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