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CRÍTICA | JURASSIC WORLD: REINO AMEAÇADO

  • Foto do escritor: Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
    Paulo Ricardo Cabreira Sobrinho
  • 22 de jun. de 2018
  • 4 min de leitura

Atualizado: 8 de mai.



Em 2015, a Universal Estúdios e o diretor Colin Trevorow decidiram resgatar uma das maiores franquias do cinema: Jurassic Park. O resultado foi o nostálgico Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros, repletos de efeitos em CGI - que aliás foi bem criticado na época -, mas que trazia toda a magia e a lembrança dos bons momentos quando a franquia estava em alta, e ainda deixou uma brecha para uma continuação. Três anos depois, eis que temos o grandioso Jurassic World – Reino Ameaçado, o capitulo mais diferente de toda a franquia, levando a um rumo bastante inusitado. Dirigido por J. A Bayona, a trama se passa após o incidente nos eventos do primeiro filme, mostrando que a ilha nublar foi abandonada, e os dinossauros foram deixados sozinhos. Acontece que um vulcão adormecido da ilha entrou em erupção, ameaçando a existência dos animais, causando uma enorme comoção para salva-los. Liderados por um empresário milionário, uma corporação é enviada à ilha para resgatar alguns dinossauros, mas a empresa acaba tendo outros motivos para tirar os animais da ilha. Chris Pratt, Bryce Dallas Howard, e B. D. Wong; e as novas adições no elenco são James Cromwell, Justice Smith, Rafe Spall e Daniella Pineda.


Reino Ameaçado tem duas partes bem distintas no enredo, quase como se fosse dois filmes dos dinossauros em um. J. A. Bayona dirigiu O Orfanato, de 2007, além de produzir outros filmes de terror, e esse é o tom que diferencia a produção. A primeira parte, tem elementos de um filme de aventura e toda a esquemática dos outros filmes da franquia que todos adoram: a história se passa na ilha, com muita ação, muitos dinossauros e muita nostalgia, repleto de efeitos especiais e grandiosas sequencias de perseguição com os animais. A segunda parte remete bastante a O Mundo Perdido, quando a corporação, que não era mais comandada por Hammond, trouxe o T-Rex para a cidade San Diego. Aqui, a ação leva os dinossauros para uma mansão no meio de uma floresta, lembrando muito os filmes de terror do diretor: estilo medieval, janelas enormes, cenários escuros, com muito suspense e tensão. Mesmo com essa notável diferença, Bayona consegue manter a atenção do público a esse novo ambiente, e novo tipo de ação.



Chris Pratt retorna para o papel de Owen, divertido, ainda mais chato do que no filme anterior, e Bryce Dallas Howard também repete a personagem Claire, cativante e autêntica, e que agora está na vibe “protetora dos animais”, uma brusca mudança de comportamento em relação ao filme anterior. Para a sorte deles, e a nossa, a química entre dos dois ainda convence, mesmo com as trocas infantis de ofensas que os deixam bastante irritantes. Justice Smith é o alivio cômico da produção, um personagem que sempre está no lugar e na hora errada, e muita vezes soa exagerado. Rafe Spall é o vilão da vez, interpretando o ardiloso Mils, que tem outros planos para os dinossauros, e ainda tem um arco dramático envolvendo o personagem de James Crowell e a pequena Isabella Sermon, que interpreta a inteligente aspiradora a paleontologista Maisie. Ela tem um segredo bastante curioso revelado, nada que importará para esse segundo capítulo, mas sim para o próximo. Tem ainda, uma pequena, mas importante, participação de Jeff Goldblum, interpretando seu icônico Ian Malcoln, e B.D. Wong, também do primeiro Jurassic Park, que tem um papel com mais destaque, assim como no filme anterior.


A trama deixa de lado os problemas familiares, tornando-a mais séria e com um toque mais ativista, principalmente por causa da enorme campanha para salvar os dinossauros, e o real motivo para a corporação fazer isso. E ainda, o diretor traz uma cena que fará os fãs da franquia chorarem muito envolvendo um certo dinossauro, de partir o coração, um verdadeiro soco no estomago, quase que impossível de não se emocionar. No fim, Bayona consegue equilibrar o terror e aventura, criando sequencias de ação empolgantes e grandiosas, com excelentes efeitos especiais. E mesmo a ação saindo da ilha, e acontecendo em uma mansão gigantesca, a produção não deixa de divertir o público, criando ainda mais suspense e terror, levando o filme a um outro nível jamais visto franquia. Jurassic World – Reino Ameaçado é um empolgante e sombrio capítulo, bem diferente da dinâmica que estamos acostumados a ver, que deixa de lado a nostalgia para agora focar no futuro da produção, e termina de uma forma que levará a franquia a um outro nível que redefinirá tudo que já vimos até hoje. Se quiser esperar até o final dos créditos, há uma cena, curta e nada demais, mas que mostrará o rumo que a franquia Jurassic Park tomará. É inusitado, mas todos estamos curiosos para descobrir como vai ser o futuro, até porque, é como Ian Malcoln diz: “... é o mundo dos dinossauros”.



JURASSIC WORLD: REINO AMEAÇADO


Ano: 2018

Direção: J. A. Bayona

Distribuidora: Universal Pictures

Duração: 129 min

Elenco: Chris Pratt, Bryce Dallas Howard, B. D. Wong, James Cromwell, Justice Smith, Rafe Spall e Daniella Pineda



NOTA: 9,0


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